A inspiração para a Vai Que (abreviação de "vai querer sacola?"), uma marca de acessórios com um toque de sustentabilidade, surgiu das embalagens que se acumulavam na casa do designer carioca Leonardo Jarlicht, de 27 anos, durante a pandemia. Diante da quantidade de plástico descartado, ele iniciou um laboratório de soluções de materiais, transformando-o em uma marca de acessórios inovadora.
Leonardo não se vê como um "ecochato" e não encara o plástico como um vilão, mas sim como uma matéria-prima valiosa que muitas vezes é utilizada de maneira inadequada. O processo começou de forma modesta, em casa, com sacos de supermercado e um ferro de passar roupa. Atualmente, a Vai Que dá um novo propósito a duas toneladas de plástico por mês.
O designer, formado em Design na PUC-Rio, concentrava sua pesquisa em biomassa, explorando materiais como couro de frutas, incluindo manga e banana, todos produzidos em sua cozinha. Agora, o foco está no polietileno.
A fábrica, localizada na Lapa, expandiu-se significativamente, atendendo não apenas à produção para outras empresas, mas também lançando uma linha própria de acessórios. Entre eles, destacam-se shoulder bags, mochilas e carteiras (a partir de R$ 179), confeccionados com polietileno, proporcionando uma aparência de couro, sendo o plástico bolha utilizado para criar uma textura semelhante à do pirarucu.
Slogans como "high fashion com lixo, não com bicho" evidenciam a proposta sustentável do designer, que também colabora com outros profissionais, como Philipe Fonseca, lançando poltronas, e planeja futuras colaborações com a Voador Tecelagem e a Katsukazan. Essas parcerias buscam incorporar sobras de fios de lã e retalhos de lona aos produtos da Vai Que, prometendo novidades em breve.
"Trabalhamos juntos para criar produtos que sejam atraentes e ecológicos", comenta Philipe. Um gesto em direção à sustentabilidade que certamente é aplaudido pelo meio ambiente.
Fonte: O Globo
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