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Repensando responsabilidades: o comportamento humano e sua influência ambiental


Imagem: GZH e Canva

No artigo de opinião publicado em GZH, a Gerente do Instituto SustemPlást, Simara Souza, nos conduz a repensar como encaramos a questão ambiental. Ao explorar objetos e produtos frequentemente considerados "culpados" por danos ambientais, Simara destaca a verdadeira responsabilidade que recai sobre nós, os seres humanos, que os utilizamos de maneira inadequada. Confira:


O óbvio que precisa ser dito


Redes de pesca são artefatos produzidos pelo ser humano, seja para pescar ou para capturar animais. Desprezá-las inteiras ou em partes ameaça a vida marinha. Parece óbvio que a responsabilidade não seja da rede de pesca?


Facas de uso doméstico são usadas para auxiliar na culinária e na mesa. Não parece óbvio que, se uma criança inocente machuca-se com ela, a responsabilidade não é da criança e nem da faca? E a torneira aberta com água vazando ou a luz acesa, quem é responsável pelo desperdício?


E aquele óleo de cozinha, produto químico ou medicamento vertido no ralo da pia ou no vaso sanitário? A responsabilidade é de quem?


Pilhas e baterias misturadas com os resíduos orgânicos. A responsabilidade é da pilha ou da bateria? Se não é óbvio para você, para mim é.


Curiosamente, cartões do banco não são encontrados em praia, parques e praças. Por que não, se são também um pedaço de plástico? Obviamente, vê-se valor no cartão do banco, mas não no copo descartável ou na embalagem de biscoito, que seguem desprezados na lixeira com resíduos orgânicos ou na praia. Tampouco há empatia pelos outros seres vivos que poderão ser impactados com partes dos NOSSOS resíduos. O que também é óbvio e precisa ser lembrado é que o ser humano é o único ser vivo capaz de poluir.


Outra obviedade é que sustentabilidade é atitude, poluição também.


A lista de obviedades cresce quando pensamos que quanto mais duráveis são os materiais, mais sustentáveis eles são também. Assim é com casas, automóveis, roupas, calçados e utensílios.


Ao termos o sonho utópico de materiais que se desintegre e “virem fumaça “, que como em um passe de mágica desapareçam do planeta, estaríamos comprometendo a durabilidade dos nossos itens de consumo, é óbvio.


Os materiais plásticos são tão fortes e resistentes que resistem a diversas intempéries e, inclusive, ao mar.


É por isso que esquadrias, mesas e cadeiras bem como outros utensílios devem ser apropriados para cidades litorâneas, pois terão maior durabilidade. E isso tem um valor incrível. É óbvio!


O causador do problema deve ser o agente da solução, o ser humano, é óbvio.



Fonte: Simara Souza, para GZH

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