A startup holandesa Respyre está trazendo a natureza para o coração das cidades com uma solução inovadora: utilizar musgo em fachadas de prédios para purificar o ar e combater a poluição. Com a proposta de transformar o ambiente urbano, a iniciativa promete revolucionar o conceito de áreas verdes no meio urbano.
O projeto utiliza o musgo, uma planta geralmente encontrada rasteira em ambientes naturais, para revestir arranha-céus e edifícios em áreas densamente habitadas. Apesar de ser frequentemente ignorado, o musgo desempenha um papel importante na natureza: ele retém umidade, purifica o ar e filtra partículas finas, como CO₂ e óxidos de nitrogênio, contribuindo para a melhoria da qualidade do ar. A ideia da Respyre é aproveitar essas propriedades naturais do musgo para melhorar a saúde ambiental das cidades.
Tecnologia sustentável: cimento biorreceptivo e gel biocompatível
O diferencial da Respyre está no desenvolvimento de um cimento biorreceptivo e um gel biocompatível, que atuam como base para o crescimento do musgo. O cimento, produzido com materiais reciclados, possui uma superfície porosa que permite a fixação da planta. Já o gel biocompatível acelera a germinação e nutre o musgo, ajudando-o a se estabelecer.
O processo de instalação é simples: primeiro, o cimento é aplicado na superfície desejada, seguido pelo gel. Em seguida, um sistema temporário de irrigação é mantido por cerca de 12 semanas. Após esse período, o musgo se torna autossuficiente e dispensa manutenções frequentes.
Benefícios para o ambiente urbano
As fachadas revestidas de musgo oferecem mais do que um visual agradável. Elas funcionam como filtros naturais do ar, ajudam a reduzir ruídos e regulam a temperatura dos edifícios, contribuindo para o isolamento térmico e a redução do consumo de energia. Além disso, essas superfícies verdes criam micro-habitats para insetos e pequenos animais, promovendo a biodiversidade urbana.
Desafios e perspectivas
Embora a proposta seja promissora, há desafios a serem superados, como a adaptação do musgo a diferentes climas e a aceitação pública do projeto. A Respyre, no entanto, permanece otimista e prevê a comercialização da tecnologia já no próximo ano, marcando o início de uma nova era de fachadas verdes nas cidades europeias.
Fonte: Futuro Prossimo
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