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Asfalto feito com embalagens plásticas pode ajudar a evitar a poluição marinha

Uma rodovia no interior de São Paulo tem um asfalto inovador, em uma experiência única no Brasil. Cerca de 200 mil embalagens plásticas foram usadas ​​para pavimentar a Rodovia Washington Luís, no trecho entre os quilômetros 170 a 171.


A nova tecnologia para produção de revestimento asfáltico pode contribuir para combater a poluição gerada pelo descarte incorreto de resíduos plásticos.


Dos mais de 1,7 milhão de km das estradas brasileiras, pouco mais de 211 mil km são pavimentados, ou seja, 12,3% do total. Assim, mais de 80 bilhões de embalagens plásticas poderiam ser reaproveitadas, evitando que fossem parar nos oceanos, caso a iniciativa fosse aplicada em todas as rodovias pavimentadas.


A primeira “Estrada de Plástico”, como é designada a tecnologia, surgiu na Cidade do México, em 2019. Foi consumida quase uma tonelada de plástico pós-consumo em dois quilômetros, o equivalente a 250 mil embalagens plásticas flexíveis.



Como é feito o asfalto plástico?

A primeira etapa é feita pelas cooperativas de reciclagem parceiras do projeto, que selecionam e separam os resíduos plásticos de todos os itens recicláveis. São utilizadas apenas embalagens flexíveis de alimentos como biscoitos, pastéis, biscoitos, salgadinhos, entre outros.


A seguir, antes de serem adicionados ao asfalto, estes plásticos são lavados para evitar qualquer contaminação e cortados em pedaços pequenos. Depois, são moídos para se tornem grãos do tamanho de ervilhas, que são misturados com o asfalto líquido (piche).


Esse aglutinante misturado com plástico é enviado para uma indústria de asfalto, onde é misturado com pedras em um grande tambor aquecido a altas temperaturas até atingir a consistência ideal para pavimentação, que é cerca de 95% de pedra e 5% asfalto.


Após essas etapas, são realizadas todas as inspeções e testes laboratoriais e, então, o asfalto plástico está pronto para pavimentação. O processo é o mesmo em outras estradas construídas com diferentes tipos de asfalto modificado".


Nesta iniciativa na Rodovia Washington Luís, medições e simulações em testes de desenvolvimento de laboratório mostraram que a composição plástica oferece pelo menos 30% mais durabilidade e desempenho, o que significa que pode suportar cargas e fluxos de tráfego maiores.


Essa tecnologia promete um importante avanço do ponto de vista ecológico e econômico, tornando a produção de asfalto mais sustentável e criando uma cadeia logística. Além do asfalto, o plástico tem muitos requisitos que poderiam transformar também a produção de cimento, blocos, áreas residenciais e industriais.


Fonte: ECOA - UOL

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